Da Agência Alese

“Estou no meu quinto mandato nesta Casa e já vou completar 20 anos como deputado. Já participei aqui, tanto em plenário quanto nas comissões, de sessões históricas, com galerias cheias e vários tipos de manifestações e projetos das mais diversas classes de trabalhadores, inclusive contra os governos que defendi. Eu sempre enfrentei as situações difíceis e assumi minha posição. Fui governo e assumia o ônus e o bônus. Nunca fugi da raia e nem fujo dos embates, mas sempre com respeito aos meus adversários que eram grandes oradores e que nasceram e se criaram na oposição”, comentou o líder da oposição. Em seguida, Venâncio recordou-se que “quem era oposição hoje é situação. Aqueles que me contestavam e o meu governo, hoje estão no Poder e fazem pior do que nós fazíamos. Estamos vendo e sentindo isso pela manifestação do funcionalismo. Sobre esse aumento que está para ser concedido, nem o governador quis ficar em Sergipe. Enviou para a AL e viajou. Agora pense num aumento que não agradou a ninguém? Eu sei o que é isso. Já teve época aqui que até moedas já jogaram em plenário para simbolizar que os deputados estavam vendidos. Hoje qualquer manifestação é um Deus nos acuda! Nós vivemos em democracia. Eu tive discussões ferrenhas com o deputado Francisco Gualberto (PT) e com a deputada Ana Lúcia (PT)”.
“Discordo em algumas maneiras, mas respeito a todos. E a democracia me dá o direito de discordar, mas respeitando a opinião dos outros. Hoje eu estou cobrando do governador que foi o melhor cobrador dos governos dos outros”, disse, completando que “ele que é maior professor de greve e quase todos esses manifestantes aqui foram alunos dele. Esses trabalhadores agora querem protestar e o governo do PT entrar com uma ação na Justiça pedindo a ilegalidade da greve. Tenho direito de mudar e fico feliz por ter mudado para melhor. Só não vou ter posição dúbia”, acrescentou Venâncio.
O deputado disse que não tem medo de governo, que diz o que pensa e que, quando não tiver coragem para fazer suas cobranças, não será merecedor dos votos. Tive embates ferrenhos com o Sintese, recentemente, mas não misturo as coisas. Ele me explicaram porque não fizeram o acordo e eu cheguei a conclusão que eles estão corretos porque terão que escolher se morrem agora ou daqui a 12 meses. Nós da oposição vamos para casa com a consciência tranqüila porque fizemos o nosso dever. Não vamos ganhar na votação, mas ninguém vai tirar o direito da minoria. Agora, se me excedi com algum colega de parlamento, reconheço e, se errei, tenho a humildade para pedir desculpas”, completou.
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