Da Agência Alese
O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), ocupou a tribuna na manhã de hoje (26), para marcar sua posição diante das polêmicas em torno da votação da proposta de reajuste salarial dos servidores públicos, enviada pelo governo do Estado para a AL. Venâncio foi taxativo em dizer que não foge dos embates políticos na Casa sempre que for necessário fazer a defesa dos servidores, mesmo que tenha que se exceder com algum colega de parlamento.
“Estou no meu quinto mandato nesta Casa e já vou completar 20 anos como deputado. Já participei aqui, tanto em plenário quanto nas comissões, de sessões históricas, com galerias cheias e vários tipos de manifestações e projetos das mais diversas classes de trabalhadores, inclusive contra os governos que defendi. Eu sempre enfrentei as situações difíceis e assumi minha posição. Fui governo e assumia o ônus e o bônus. Nunca fugi da raia e nem fujo dos embates, mas sempre com respeito aos meus adversários que eram grandes oradores e que nasceram e se criaram na oposição”, comentou o líder da oposição. Em seguida, Venâncio recordou-se que “quem era oposição hoje é situação. Aqueles que me contestavam e o meu governo, hoje estão no Poder e fazem pior do que nós fazíamos. Estamos vendo e sentindo isso pela manifestação do funcionalismo. Sobre esse aumento que está para ser concedido, nem o governador quis ficar em Sergipe. Enviou para a AL e viajou. Agora pense num aumento que não agradou a ninguém? Eu sei o que é isso. Já teve época aqui que até moedas já jogaram em plenário para simbolizar que os deputados estavam vendidos. Hoje qualquer manifestação é um Deus nos acuda! Nós vivemos em democracia. Eu tive discussões ferrenhas com o deputado Francisco Gualberto (PT) e com a deputada Ana Lúcia (PT)”.
“Discordo em algumas maneiras, mas respeito a todos. E a democracia me dá o direito de discordar, mas respeitando a opinião dos outros. Hoje eu estou cobrando do governador que foi o melhor cobrador dos governos dos outros”, disse, completando que “ele que é maior professor de greve e quase todos esses manifestantes aqui foram alunos dele. Esses trabalhadores agora querem protestar e o governo do PT entrar com uma ação na Justiça pedindo a ilegalidade da greve. Tenho direito de mudar e fico feliz por ter mudado para melhor. Só não vou ter posição dúbia”, acrescentou Venâncio.
O deputado disse que não tem medo de governo, que diz o que pensa e que, quando não tiver coragem para fazer suas cobranças, não será merecedor dos votos. Tive embates ferrenhos com o Sintese, recentemente, mas não misturo as coisas. Ele me explicaram porque não fizeram o acordo e eu cheguei a conclusão que eles estão corretos porque terão que escolher se morrem agora ou daqui a 12 meses. Nós da oposição vamos para casa com a consciência tranqüila porque fizemos o nosso dever. Não vamos ganhar na votação, mas ninguém vai tirar o direito da minoria. Agora, se me excedi com algum colega de parlamento, reconheço e, se errei, tenho a humildade para pedir desculpas”, completou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário