segunda-feira, 30 de maio de 2011

Desalojados das invasões buscam ajuda do MPE/SE

                                 

Por Williams Moraes

Nesta terça-feira (31), o Ministério Público Estadual realiza audiência, na tentativa de intermediar uma solução para as famílias que foram desalojadas  das invasões da Água Fina e do Preol - bairro Santa Maria, pela Prefeitura Municipal de Aracaju, com uso de força policial, na última quinta-feira (25).

Após a desocupação dos barracos e casebres, cerca de 260 famílias assistiram à imediata queima de seus lares, por determinação da PMA. Desabrigados, sem roupas e sem agasalhos desde a última sexta-feira (27), as famílias ocuparam as dependências do Centro Administrativo de Aracaju, reinvindicando inclusão nos programas de moradia popular ou de auxílio moradia, existentes na administração. 

Desesperados, sem assistência, sem alimentação e sem terem para onde ir, os desabrigados procuraram a ajuda do líder da oposição, vereador Josenito Vitale, o Nitinho (DEM/SE). "As reclamações são muitas, inclusive, com denúncias de distribuição de casas por critérios políticos. Estou aqui porque este povo foi retirado e viu suas casas serem queimadas pela prefeitura. Este povo está desesperado", protestou Nitinho.

Nitinho apresentou, na segunda-feira (30), requerimento, na Câmara Municipal de Aracaju, pedindo cópia da lista de cadastramento de beneficiários das casas populares e auxílio moradia da PMA.

Atendendo ao pedido de socorro dos populares, o vereador tem tentado intermediar junto ao prefeito Edvaldo Nogueira algum tipo de assistência às famílias. O prefeito tem se negado a atender às reivindicações. Diante da situação provocada pela PMA, Nitinho também pretende, como representante da CMA, participar da audiência, na sede do Ministério Público, com o objetivo de buscar abrigo e assistência do governo municipal para as famílias desalojados. 

O parlamentar lamenta a forma agressiva e violenta adotada pela PMA. "Imediatamente depois da desocupação, a prefeitura de Aracaju, com auxílio da Guarda Municipal, Policia Militar e Bombeiro Militar, promoveu a queima de barracos e casebres. "O povo está desesperado sem ter o que comer, sem ter pra onde ir", condenou.

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