sábado, 28 de maio de 2011

Desalojados reclamam de fome e de desassistência no Centro Administrativo da PMA


As famílias desabrigadas em decorrência da desocupação promovida pela prefeitura de Aracaju, nos últimos dias, no bairro Santa Maria, necessitam de comida de preparação rápida, roupas, lençóis e material de higiene pessoal.

Desde a noite da última quinta-feira (26), quando a PMA promoveu, com uso de força policial, a desocupação das invasões da Água Fina e do Preol - determinando a queima imediata de barracos e casebres, as famílias  desalojadas e desprovidas de abrigo, mantimentos e roupas, ocuparam as dependências do Centro Administrativo Aloísio Campos, localizado no Conjunto Costa e Silva.

Diante da negativa de diálogo por parte do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PCdoB), e da falta de assistência social aos desabrigados, o vereador Josenito Vitale, o Nitinho (DEM/SE), apela aos seus amigos e à população para que se sensibilize e os ajude, doando alimentos, água mineral, lençóis, roupas, sabonetes e outros utensílios de higiene pessoal.

“Esse povo foi arrancado de seus barracos pela Polícia Militar e pela Guarda Municipal. Eles  viram a prefeitura atear fogo em tudo. Agora, estão passando frio e fome. Estão sem comida, sem roupa e sem dignidade”, desespera-se Nitinho.

O vereador informa que assiste aos desalojados desde o momento da queima dos barracos e os conduzirá para audiência no Ministério Público de Sergipe, na próxima terça-feira (31), com o objetivo de conseguir a intermediação do órgão na busca de uma solução para as famílias carentes.

Nitinho também pretende solicitar, através de requerimento, a lista cadastral de beneficiários dos programas de moradia popular e auxílio moradia. "Diariamente, as pessoas reclamam de doação de casas por critérios políticos", explica.

Ele quer apurar informação de que as casas já distribuídas pela PMA se constituíram em condomínios de veraneio, visto que são ocupados por proprietários de veículos e usuários de canais de tv por assinatura. "Tenho certeza de que essas pessoas não são tão precisadas, ao ponto de terem sido beneficiadas pelo programa, em detrimento de quem realmente precisa", suspeita o vereador. 

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